A Criação: uma série estupidamente viciante
Não sou de séries. Há uns anos via, de vez em quando, CSI, mas nunca foi uma paixão de perder o juízo. Vejo mais filmes, mas também não acontece com muita frequência. Livros é mais o meu género. No entanto, vi outro dia no “5 para a meia noite” – para mim, o melhor programa de entretenimento de televisão em Portugal – uma entrevista do autor e parte do elenco de “A Criação”, uma nova série de comédia da RTP, e suscitou-me o interesse em ver um episódio. A verdade é que numa noite vi 5 – ou metade da série, se assim preferirem.
Um urso – que come à brava uma galinha –, um robot – que é só a personagem mais irritante – uma rata, uma girafa, um corvo, um cão e uma ovelha estagiária – que é comida pelo cão – são as principais personagens. O contexto é uma agência de comunicação que produz filmes, eventos e muitos outros serviços de forma estúpida e com um resultado de igual forma. Cada episódio é estupidamente divertido.
A série, em parte, é um bocado como este blog, não se percebe bem o que levou o autor a escrever aquilo, nem se estava em perfeitas condições quando o fez. Não é propriamente lógica, mas é fixe – quanto a esta última observação refiro-me apenas à série, claro.
Está disponível na RTP Play e, para quem tem uns parafusos a menos, é uma boa ocupação para serões livres. Quer dizer, para pessoas inteligentes, como eu, também.
A cada episódio pergunto-me o porquê de a acompanhar, mas quem o fizer também não vai perceber, apesar de se poder tornar viciante. A correr tudo nos conformes, ainda hoje devo acabar de a ver toda. Mas porquê, Rodrigo?!