Dia dos "friends forever"
Há um ano mudei a minha visão e hábitos para este dia a que chamam "dia dos amigos" e em que grandes grupos de homens se juntam para jantar e apanhar uma valente bebedeira.
Na altura escrevi isto:
"Já participei por várias vezes em jantares de comemoração do dia de amigos, no entanto este ano dou por mim a pensar na parvoíce que é partilhar horas de um dia tão importante com grupos de conhecidos e até desconhecidos e decidi que não irei participar em nada que não exclusivamente com os meus amigos. Não é justo desonrar a amizade, sentando à mesa e comemorando com aqueles que no dia-a-dia mal nos falam, ou falam de nós pelas costas, ou até falam muito mas não nos dizem nada. A amizade não é isso.
Ninguém consegue ter muitos amigos. Quem disser que os tem, não tem nenhum. É uma tarefa difícil. Como em tudo na vida, implica esforço, partilha, dedicação e tempo. Ninguém é amigo de outro sentando-se apenas neste dia a comer e beber até não poder mais, porque essa é só a parte boa da amizade, mas passa por muito mais do que isso. Ser amigo é sair muitas vezes da nossa zona de conforto para ajudar o outro; é tirar tempo para falar e ouvir o outro; é saber guardar aquilo que mais ninguém pode saber; é, por vezes, prejudicarmo-nos ou arriscarmo-nos para proteger aqueles a quem chamamos amigos.
Não existe "amigo verdadeiro" e "amigo falso". Não existem amigos falsos. Conhecidos, isso sim.
Para contar os amigos que tenho talvez até restem dedos de uma mão. E ainda bem. Porque, há muito, diz (e sabiamente bem) o povo: “antes poucos e bons, que muitos e sem prestar”.
Feliz dia de amigos!"