É possível ir para além dos clichês em apenas 5 minutos. Com Carolina Deslandes.
A Carolina Deslandes é mesmo o que parece, digo já antes que me perguntem, como já vem sendo costume. É bem-disposta, simpática e tenho de dizer que ficou na minha lista de artistas que melhor recebem a comunicação social local…e, já agora, um dos melhores bloggers do país, mas não foi nessa condição que me apresentei, embora não fosse falsa modéstia fazê-lo, pois não?!
Nas minhas lides de locutor da rádio número um dos Açores tive, durante este Verão, a fantástica oportunidade de conversa – ou entrevistar, se acharem mais formal – os maiores nomes da música nacional (e até internacional) atualmente. Falo do Fernando Daniel, da Ana Bacalhau, do Tim (Xutos & Pontapés), da dupla brasileira Ana Vitória e, a fechar com chave d´oura, a artista, talvez, mais adorada do momento, Carolina Deslandes.
Para além da bagagem profissional que dá poder ter 5 ou 10 minutos para falar com estas figuras – e, às vezes, menos, mas estico-me sempre – e, claro, de se poder dizer aos amigos que já se falou com elas, as pequenas frases que nos contam muito são o que mais me enriquecem.
A conversa com a Carolina Deslandes podia ter sido apenas uma conversa-clichê daquelas em que se diz que a ilha é muita bonita, come-se muito bem, as pessoas são simpáticas e o desejo de voltar rápido é enorme. Mas foi mais que isso. O momento em que a Carolina me diz que ir para cima de um palco e manter uma tour estando grávida serve para mostrar às pessoas que as mulheres grávidas não são inválidas foi o que fez valer mesmo a pena a entrevista. Porque é mesmo assim que tem de ser e porque nós, malta da comunicação, temos esse objetivo, de levar às pessoas bons exemplos e motivação, de lhes dar conteúdo que faça alguma diferença na vida, de passar mensagens e não apenas ruído.
Só tive direito a 3 minutos, embora me tenha esticado para os 5, para conversar como a Carolina Deslandes, e muito agradeço pela exclusividade – sim, o único nestas ilhas que teve essa sorte, por acaso, até fui eu – e por conseguirmos fazer algo bom em tão pouco tempo, mas muito mais havia para perguntar, muito mais a cantora que é, acima de tudo, mulher tinha a dizer. Quem sabe, numa próxima oportunidade.
Para já, e porque é muito bom – diria eu – ouçam a entrevista. E comentem, digam o que vos vai na alma. Vamos inspirar-nos, é para isso que cá andamos!