Então era por isto…
Passei a minha infância a tomar óleo de fígado de bacalhau. O meu avô insistia em comprar aquilo e como também não custava lá muito, tomava sem grande alarido.
Ele dizia-me que fazia bem, e como era puto, ficava mais que esclarecido com a informação sobre aquelas cápsulas amarelas.
Uns quantos anos depois, através da Visão, fiquei explicado sobre ter sido uma criança mais que saudável:
É rico em Ómega 3: Isso eu já sabia porque vinha escrito na embalagem;
Previne doenças cardiovasculares: Perspicaz como sempre, o meu avô certamente que comprava aquilo para o meu coração estar controlado e não ter um enfarte quando me aborrecesse com um colega ou professor;
Ajuda no tratamento de depressões: Antes de chegar a esse ponto, convinha que eu tivesse sempre os meus níveis de ansiedade controlados;
Melhora a memória: Aqui sim, estou grato ao meu avô. Estou mesmo a ver ele a pensar: “deixa-me lá comprar isto a ver se este gajo melhora as notas”;
Ajuda a perder peso: Por acaso, na altura em que tomava, era incrivelmente magro, mas neste momento daria jeito.
A dar-me óleo de fígado de bacalhau e levar-me ao Pico em todas as férias de verão, não poderia ter sido de outra forma. “Ó tempo, volta para trás” – não volta nada, parvoíce.