Pelos ares
Literalmente. Estive há poucos dias nos Açores e numa terrível viagem – não pelo tempo, mas pelos acontecimentos – consegui imagens incríveis de duas ilhas que me dizem muito: o Pico e a Terceira.
Essa montanha fotogénica é o ponto mais alto de Portugal. Tem 2.351 metros e é o Pico. A ilha que parece pequenina, e até é, é o local onde nasci, a ilha Terceira, mas por incrível que pareça tem 57.000 habitantes – pronto, não dava para encher o Estádio da Luz.
Não é difícil perceber porque é que uma ilha se chama Pico e a outra Terceira, pois não? Ora, o Pico tem esse nome pela sua montanha em forma de pico e a Terceira porque foi a terceira ilha açoriana a ser descoberta. Isto, entre 1427 e 1632 por Diogo de Silves.
Para quem possa ter curiosidade, a Terceira começou por se chamar “Ilha de Jesus Cristo”, possivelmente por ter sido descoberta a 1 de janeiro, dia em que se celebrava a festa do Santo Nome de Jesus. Mais tarde, passou a chamar-se “Ilha de Jesus Cristo das Terceiras” porque pertencia a um conjunto de ilhas (os Açores) que tinham sido as terceiras ilhas a serem descobertas no atlântico, depois das Canárias (Ilhas Primeiras) e da Madeira (Ilhas Segundas). Por fim e até hoje, resiste o nome “Terceira” – que para mim não é o mais bonito, mas enfim.
Tanta conversa quando o que interessa aqui é apreciar a paisagem. Sou um chato.