YouTubers: praga ou dádiva?
Ultimamente tenho visto vários amigos do facebook publicarem nessa mesma rede social comentários negativos sobre youtubers. Uns acham que essa “praga” (como a chamam) devia acabar, outros que devia ter limites.
O que acho eu sobre esta situação? Que se os pais acham que é mau os filhos viciarem-se no consumo dessa rede, devem impor regras aos mesmos. Para quem não tem filhos, mas também é contra e não gosta de ser incomodado com as sugestões para visualizar os vídeos acho que nem devia dar resposta, mas pronto: ninguém é obrigado a assistir.
Compreendo que se ache que o conteúdo transmitido pelos youtubers não acrescente nada à vida de alguém e até concordo. Vídeos de tipos a jogarem, a dizerem um ou outro palavrão, a pregarem partidas (já combinadas) a amigos, a irem para um centro comercial num carrinho de mão ou a dizerem que ganham muito dinheiro não é um conteúdo propriamente útil, é verdade, mas também não é ofensivo, nem incentiva ao perigo ou más práticas e, muitas vezes, até diverte quem assiste, pelo que numa sociedade democrática e livre não há motivo algum para que este conteúdo deva ser banido. Tendo isto em conta e visto que imensas crianças e jovens (e não só) são felizes a assistirem a estes vídeos, qual a razão para tanta implicância?
Para mim, mau é educarem-se as crianças a serem racistas e altamente preconceituosas, pô-las de castigo só porque não tiverem 5 no teste e obriga-las a serem muito racionais quando a infância é para ser livre e aprender – a ser humano, mais do que a ser o melhor da turma.